Eu digo NÃO!

Em defesa da língua portuguesa, o autor deste blogue não adopta o "acordo ortográfico" de 1990 por este ser inconsistente, incongruente e inconstitucional, para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral.


10/12/2008

Balneário Castrejo.

Foi, recentemente, considerado uma das 7 maravilhas de Barcelos.
As pessoas da freguesia de Galegos certamente estarão recordadas das escavações efectuadas nas "Grutas do Cuco", realizadas nos longínquos anos de 1978-79, quando se descobriu o que os arqueólogos chamaram de Balneário Castrejo de Galegos. Trata-se de um dos mais significativos vestígios da cultura castreja de Portugal e a sua grandiosidade e excelente conservação contribuiu grandemente para que se percebesse como funcionavam este tipo de construções já identificadas em muitos outros povoados, como em Sanfins (Paços de Ferreira), em Briteiros (Guimarães) e no Monte da Saia (Chorente, Barcelos). Convém dizer que o Balneário estava integrada numa pequena aldeia castreja cujos restos ainda são visíveis para norte do monumento, caso das muralhas e do fosso entulhado; depois, mais para cima, encontram-se facilmente os alicerces de algumas das casas e, por todo o lado, os restos de cerâmicas de construção e pedaços de louça com cerca de dois mil anos. Para que servia aquela construção?
Durante muito tempo, os arqueólogos discutiram qual a função destes monumentos, mas agora sabe-se que funcionavam como as actuais saunas: as pessoas sentavam-se nos bancos existentes na antecâmara e suavam com o calor provocado pelo vapor resultante da água lançada sobre pedras previamente aquecidas no forno, banhando-se depois no tanque de água fria existente na parte exterior. Actualmente, alguns investigadores levantaram a hipótese de se tratarem de locais onde se realizavam o culto das águas. É que os antigos viam em certos locais propriedades mágicas e às vezes curativas e logo organizavam rituais que lhes permitissem entrar em comunhão com as suas divindades. E é através do estudo e da valorização destes monumentos que nós entramos em contacto com o engenho e a arte dos nossos antepassados.
Intervenção realizada: 1979 por Armando Coelho Ferreira da Silva (A cultura castreja no Noroeste Português - 1986, pág. 56-58).

1 comentário:

jc.oliveira disse...

Visitei no passado domingo o local que infelizmente , apresenta sinais de abandono, graffitis no interior do forno a placa informativa vandalizada, falta de limpeza geral do local.

apesar de tudo é uma pena não alargarem o perimetro das escavações além deste magnifico e maravilhoso exemplar .criar-se um centro interpretativo como Briteiros ou Sanfins. rentabilzar com visitas pagas para a manutençao.

cpts,
jc.oliveira